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São muitos os que estão à espera. Uma multidão a perder de vista, e a perder-se no escuro. Que querem eles? Parece que têm um certo número de reivindicações a fazer. Vou ouvir as reivindicações e depois respondo. Mas não vou aparecer à varanda; nem podia, mesmo que quisesse. No inverno fecham a porta da varanda e a chave não está à mão. Mas também não vou assomar à janela. Não quero ver nada que me possa confundir; à secretária, é esse o meu lugar, de cabeça entre as mãos, é essa a minha posição.
Franz Kafka, Parábolas e Fragmentos