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Toda a forma de busca e exigência deve findar para que o desconhecido possa surgir. Naquela ocasião, era inesperada e espontânea a sua presença.
A beleza desabrochava da meditação no silêncio daquela madrugada. Não era a beleza criada pela restrita actividade do pensamento ou pela sensibilidade do sentimento; nem se tratava de uma fantasia, ou de mero produto do tempo, pois o cérebro encontrava-se imóvel. Sem ser uma reacção, havia nela a completa negação de todo o conhecimento, livre de qualquer motivo. A meditação era o movimento da liberdade total, sem nenhuma direcção ou controlo, em que havia a inesgotável energia do silêncio. Da inacção nasce o movimento da liberdade. Ele encerrava a bênção e o êxtase, que findavam em contacto com o pensamento.
Krishnamurti, Diário de Krishnamurti