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A meditação nunca é a mesma; nela existe sempre um sopro novo, um novo abalo; ela não visa destruir um determinado padrão, pois não se cogita de um outro padrão ou de um novo hábito para substituir o antigo. Todo o hábito, por mais recente que seja, tem o ranço do velho, pois eles nascem do velho; porém, a meditação não destrói o velho por estar em busca de um padrão mais novo. Ela é o próprio e avassalador efeito do que é original; sem ser o oposto do velho, área que lhe é totalmente desconhecida, a meditação é o próprio aniquilamento. Da sua intrínseca e demolidora acção cria-se o novo.
A meditação não comporta brincadeiras, que sirvam de entretenimento. Pelo contrário, o que existe na meditação é a destruição de todo o brinquedo, das visões, das ideias e das experiências em geral. Precisamos construir as bases da verdadeira meditação, senão ficaremos enredados em inúmeras formas de ilusão. Meditar é negar, sem reagir. Negar e seguir contestando é agir sem motivo, e isto significa amar.
Krishnamurti, Diário de Krishnamurti