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A ruína acaba sempre por atingir a beleza. O contínuo espaciotemporal reclama os seus elementos, levando-os pouco a pouco, até que volta o vazio. Mas mais vale o vazio do que o tormento e o tédio de um carácter contumaz, que regressa constantemente às mesmas tolices, que repete as mesmas desgraças. Mas estes instantes de infelicidade e dor poderiam parecer eternos, de maneira que se um homem pudesse captar a eternidade desses momentos dolorosos e dar-lhes um conteúdo diferente, conseguiria realizar uma revolução. E que tal?!
Saul Bellow, Herzog