Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Sinto no meu largo peito o teu coração bater. Que aflito estás, Homem! Que medos e desesperos te assolam! Novo, velho te encontras. Velho, jovem sem rumo te queres mostrar. Senta-te aqui ao lado, na minha escada. Nada peças, nada procures, nada queiras. Respira. Fundo. Tudo faz apaixonadamente aberto à incerteza. Vive quieto no presente – é este o momento. Sente a brisa e o perfume da flor que nela se embrenha. Voa com o pássaro e nada no seio de todas as vagas. A onda chega e parte. A maré molha o que o Sol secará. E se ele não fizer evaporar a tua ilusão, o teu inquieto ansiar, permanece firme, sem temor, no teu trémulo desassossegar. Se atento estiveres, verás brilhar a dissolução do teu confuso penar: pensar. Demasiado. Adoentada e desequilibradamente.