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Quem pode em aliados ter confiança?!
Qual encanado líquido, cortados
Os subsídios estão que prometeram.
Também, Senhor, em teus vastos domínios
A que mãos foi parar a propriedade?
Onde quer que chegamos, i assento
Um homem novo fez, independente
Declara-se e olhar devemos quedos
O que lhe apraz fazer: tantos direitos
Temos ido cedendo, que não resta
A que tenhamos jus cousa nenhuma.
Nem possível é hoje fazer conta
Do que chamam partidos; quer censurem,
Quer louvem, indiferentes se tornaram
Amor e aversão. Por ter descanso,
Gibelinos e Guelfos se esconderam.
Já ninguém ao vizinho auxílio presta,
Para cuidar de si não sobra tempo.
Ferrolhadas do ouro estão as portas,
Tudo escava, entresoura e amontoa;
As nossas arcas, deixam-nas vazias.
Goethe, Fausto