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«É um animal com uma grande cauda, de muitos metros de comprimento, parecida com a da raposa. Às vezes, eu gostaria de ter aquela cauda na mão, mas é impossível; o animal está sempre em movimento , a cauda sempre de um lado para o outro. O animal tem alguma coisa de canguru, mas a cabeça pequena e oval não é característica e tem alguma coisa de humana ; só os dentes têm força expressiva, quer os oculte ou os mostre. Costumo ter a impressão de que o animal quer amestrar-me; senão, que objectivo pode ter subtrair-me a cauda quando quero agarrá-la, e depois esperar tranquilamente que ela volte a atrair-me, e depois voltar a saltar?»
Franz Kafka
Hochzeitsvorbereitungen auf dem Land, 1953
Jorge Luis Borges, O Livro dos Seres Imaginários